sexta-feira, 7 de março de 2008

Boa vindas

Bem, aqui estou eu começando acho que pela quarta vez um blog. Os outros foram excluídos e só me arrependo de não ter salvo alguns arquivos...enfim, mais uma vez :
Bem vindo (a), fique à vontade para ler tudo e qualquer besteira que seja postada aqui (e comentar também).
Vou começar postando um texto que fiz no carnaval.


Dia primeiro de fevereiro de 2008, hoje Ronaldo pagara a sétima parcela no cartão do seu bloco. Foram dias de espera e ansiedade. Bermuda nova, dinheiro contado pras cervejinhas e pro buzu, ainda sobrara uns trocados para alguns colares de gandhy que logo seriam trocados por beijos (trocas estas que poderiam não acabar por aí). Pois então, seu Ronaldo estava preparado para o maior carnaval do planeta. Desceu a Boca do Rio e pegou um ônibus na orla com destino a Barra. Lotado, não só de pessoas como de êxtase. Aliás, a cidade toda se encontrava assim.
Desceu e seguiu o fluxo, com uma latinha já na mão, Ronaldo ia oferecendo seus colares e ganhou até uns beijinhos enquanto ouvia o som da percussão anunciar a partida do seu bloco. Gente de todos os lugares do mundo. Bastava tirar o pé do chão pra sair do lugar. Vendo aquela multidão, aquela onda de alegria e felicidade, ele levantou sua cabeça, proferindo algumas palavras mais ou menos incertas ao cantar “we are carnval,we are Bahia...” e naquele momento um vídeo de sua vida passara em sua mente, agradecendo por tudo que passara no ano de 2007, todas as dificuldades vencidas e acima de tudo a oportunidade de estar ali ele seguiu cantando.
Quando abriu os olhos e caiu novamente na Barra, dera de cara com uma loira escultural, com um shortinho (bem no sentido “inho” da palavra) e toda sorridente. Ainda tinha um colar, não tardou para tentar efetuar mais uma troca :
- É mainha...deu sorte, é o último, que honra hein?
- Pois é, e você deu azar, essa já tem dono – Foi quando surgiu um homem bem forte com quase seus dois metros de altura.
Ronaldo tentou explicar que não tinha percebido e que não estava ali pra brigas. Mas não deu tempo, recebeu logo um murro no queixo, devolveu o murro tentando sua defesa, mas naquela bagunça o rapaz tinha tirado uma faca do bolso e fora muito mais rápido. Ronaldo foi acertado na altura da jugular, ali no meio da rua, não só a alegria, mas como as pessoas e a vida passaram por cima dele. Enfermeiros da ambulância chegaram e levaram-no, já sem vida, foi quando um vendedor de queijinho passou e gritou :
- Atrás do trio elétrico, vai até também quem já morreu.

3 comentários:

Camila Salles disse...

já tinha comentado desse texto, lindão =D
beeijooo

Unknown disse...

coisas que acontecem sem necessidade alguma.
triste fim. ;(

Alter Ego disse...

aaah eu ja falei o quanto eu gosto de crônica? uhaha e a sua tá ótima ;] e eu ja tinha lido, enfim luh, ficar desejando isso e aquilo, por que se torna clichê, mas é isso ai, te desejo isso e aquilo de qualquer forma uahuha
beijoos